sábado, 29 de setembro de 2012

O Palácio Assombrado




I
Puro e lindo era o verde dos vales,
Que tinha para si, só criaturas benfeitoras.
E cujo qual um palácio se erguia, também sem males.
Pois o Pensamento era seu rei. E ele permanecia lá.
Nunca antes fora visto um palácio que se equiparasse àquele.

II
Entalhes dourados e graciosos enfeitavam
o Telhado do local, que de tão perfeito parecia onírico.
( Lembranças tais remetem tempos primordiais
Antiquíssimos tanto quanto se pode lembrar. )
E o dia era tão glorioso que a brisa soprava feliz,
E os muros que cercavam o lugar eram de forma alguma aterradores.

III
Muitos viajantes buscavam por lá passear.
Feliz eles iam, e é como se dançassem
ao som de uma musica perfeita que os incentivava.
das janelas e portas das casas felizes
Onde o Rei mantinha-se sentado e todos o louvavam
E como tal ele parecia soberano como se deve ser.

IV
Paravam para ouvir as vozes que agraciavam os ouvidos
Com o som tão belo à porta do palácio.
Todos que lá passavam deixavam-se encantar
Pelos sons que tinham por único intuito
Ressaltar como o Pensamento era bom, que exímio Rei.
A festa não cessava jamais.

V
Contudo, seres horríveis e temerosos,
De preto, imponentes, investiram contra o rei.
( E ficamos todos em prantos, sentíamos no fundo
que nosso monarca nunca mais se reergueria. )
Tornando tudo que era lindo, pútrido,
tudo que era perfeito, perfio e terso. O frondoso jardim...
Agora jazia apenas nas lembranças de quem o vira ao menos uma vez.

VI
Quanto os caminhantes do lugarejo,
Ouviam não mais uma doce melodia, como de costume,
Mas sim uma musica estridente que só poderia ser acompanhada,
Por seres ruins e vultosos, desprendendo-se das luzes - fracas - 
das moradas que outrora viveram satisfeitíssimas.
E delas só se podia tirar o infeliz riso,
Já que o sorriso...este nunca mais lhe seria dado. Nunca mais!


( Adaptação do Poema de mesmo Nome. )

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