Venha do horizonte, projete-se, mas só em minha visão.
Quero ver-te de perto, quero senti-lo ( ainda que em pânico )
Toca-lo.
Talvez só a mim apareças, mas contarei a todos como tu és.
E como deixa, nas aguas, as sombras dos rostos infelizes a quem afogaste.
As mãos que tocavam o casco para alcançar ou saudá-la. Não que mereças, mas eles o chamam de rainha, de senhora.
De maldita.
O odor era pútrido, a proa e a popa repletas de quinquilharias antiquíssimas. As velas estavam quebradas, tortas....
Mas o navio continuava seguindo em frente.
Tu os convidava, me convidaria também, e com o teu olho ( a que nada escapa ) seduziria-me. Só mais um desenho.
Como és linda.
E por fim cobrir-me-ia com teu capuz, sorrindo e satisfeita enquanto os serviçais ( aqueles ) me levariam para o fundo do mar - bem fundo
Afogado.
E após pássaros que voam de cabeça para baixo, de cavalos com dentes ( e sorrindo ), de coisas surreais que aconteciam. Mesmo o por do Sol..
Seria VERMELHO!
"A mesa está pingando"
Ps: Não entenda, sinta...
Sim, surreal...inédito o que escreveste. E é por isso, aliás, essa é uma das causas que faz-me estar aqui a contemplar teus devaneios.
ResponderExcluirUm ser demasiado que nos causa grande fascínio, que ao admirar o desejo veemente que nos abate é tocar, conhecer, desvairar-se junto a aberração de uma mera realidade antes esvaecida pelo tempo, talvez.
Nem a vida, nem as paixões podem ser fáceis—ou favoráveis a nós, assim como o tempo por vezes não o é...para tudo há de ser feito um sacrifício, mas diante o sacrifício tende-se mais chance de alcançar a vitória.
Cortejo-te, até breve!