terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Triste Abraço da Loucura.


Deitado estava e como tal, continuei
folgava meu direito ao descanço, sonhar, enfim,
praguejei tanto tudo que fizeram de mal a mim,
e tão só, no meu leito, adormeci solene.
Minh'alma, expectadora, não de frio... mas de tristeza.. treme,
de uma forma que distorcido era seu semblante e olhar.
quisera eu de uma vez por todas encerrar o sofrimento, sem achar
que sobre mim haveria de cair intenso surto, desprovido de sanidade...

De que me adiantou a bonança? se é que isso é verdade.
Sobre algo que julguei meu sem nunca o ter possuido,
Dor, isso sim pode e deveria me ser atribuido...
Pois desta propriedade sinto-me repleto e completo,
desespero junto de angustia, sem esperanças sobre verdades nuas e cruas...

Recordo por fim de minhas palavras, mas são as tuas
que de fato não me permitem correr.
Então diz-me, jovem querida, porque ainda não permite que me levem?
O que mais ainda tenho a lhe dar? E depois, o que irá me acontecer?

São de olhos fechados que vejo minhas unicas possibilidades ( morrer ).
Pois com os mesmos abertos....nada vejo de real e torno a fecha-los,
priva-me de meus sentidos. Sei que ja o fez, e deles sinto falta...

Mesmo que digas estar meu debito para/contigo em alta,
gostaria - se possivel - de paga-lo em uma só parte!
abandone-me ou me abrace logo, afim de que a morte não me leve,
Mas tu!
LOUCURA, me tome de vez, e de uma vez por todas me mate!

Um comentário:

  1. Mas tu! Loucura, me tome de vez, e de uma vez por todas me mate!

    ...

    Fabulosa sincronia dos fatos
    Coerência e Coesão

    Mais uma vez, fabuloso... !

    ResponderExcluir

Supondo que você tenha lido o texto inteiro e que tenha sido do seu agrado, comente. Caso tenha lhe desagradado, comente também. Só NÃO comente...se for escrever coisas não condizentes com a proposta do blog. Agradeço desde já a paciência.