Quem é aquela que vem a passos curtos,
E que de longe se nota seu triste semblante?
Que carrega consigo a perda de tantos,
E que observa o caminho com olhos distantes...
Que mal será que se caiu sobre ela?
Mostrando-nos, assim...esta aura tão forte.
Causando, no fundo...uma melancolia singela,
Amaldiçoando - em prantos - nossa falta de sorte
Sua foice vem junto, imponente, agoniza.
Mas o mais apreciável são elas, as asas...
Noturnas, sem estrelas, farfalhantes... Organiza
a melhor forma de invadir ( nossa mente ) nossas casas...
E tirar nosso sono, sossego, nossa vida!
E ainda assim sendo, não nos recusamos a mortalha,
Sabemos que é necessário segui-la, á Sabida!
Pois é assim, amigos...que a MORTE trabalha....
"Seria possivel que a Morte, no fundo...não gostasse do que faz? Que se lamentasse por faze-lo?..."
Este texto me remeteu às belíssimas escrituras do saudoso Raul Seixas, em "Canto para minha morte":
ResponderExcluir"Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite..."
Beijocas! ^^
A morte... Doce morte, pelo seu semblante triste, pelos seus olhos distantes, aquele que impunha a foice talvez seja condenada a estar onde está, é, eu acredito que a chamaremos de doce morte, pois um dia, andaremos todos ao lado dela. Quem sabe nesse momento, poderemos sentir... felicidade?
ResponderExcluirUm breve desabafo:
ResponderExcluirMorrer é até fácil comprado a sede se ser visível, de ser visto de ser olhado!
Eu não vou andar ao lado dela não, sinto muito!!!
E acho bem, ela ter é medo de mim rapaz!!
Bem, parabéns, belíssima escritura!!
Lindas e fortes palavras... como sempre!
ResponderExcluirGostei... como sempre!
:))
Você não me respondeu Dalylaaaa rs
ExcluirE como diria meu querido José Martí (aquele de quem estou enamorada por essa semana e do qual ja lhe enviei uma frasene):
ResponderExcluir" [...] um osso é uma flor. [...] a vida é um hino; a morte é uma forma oculta de vida; santo é o suor e o verme intestinal é santo; os homens, ao passar, devem beijar-se na face; abracem-se os vivos em amor inefável; amem a relva, o animal, o ar, o mar, a dor, a morte; o sofrimento é menor para as almas que possuem amor; a vida não tem dores para os que entendem em tempo seu sentido [...]"
Bela poesia, mas que horas extras ocupem essa Morte proletária de vir bater ponto em minha "fábrica" rsrs...
Noturnas, sem estrelas, farfalhantes... =)